A SOCIEDADE DO CONSUMO
A sociedade do consumo é o modo de produção e reprodução material e espiritual que expande e transforma o consumo de mercadorias no principal fator das relações e das práticas sociais. Ela produz o esquecimento e a alienação sobre nossas próprias vidas.
As pessoas vivem vidas que não escolheram, se aferram a valores, crenças e modos de ser e pensar sem nunca refletirem sobre eles ou sobre suas escolhas. Os indivíduos não sabem o que querem e também não sabem o que sentem. Eles se comportam “de forma irrefletida”, apenas vivem para consumir, sem pensar no que consideram ser seu objetivo de vida. Eles ignoram o que realmente buscam o que são, o que desejam, o que é relevante ou irrelevante para suas vidas.
Em “Educação e Emancipação” o filósofo alemão Theodor Adorno argumentou que a sociedade burguesa está subordinada de um modo universal à lei da troca.
O que se evidencia hoje em nossa sociedade, é que os homens não se encontram mais rodeados por outros homens, mas por objetos. Baudrillard em seu livro “Sociedade do Consumo” mostrou-nos que o conjunto das relações sociais já não é tanto com seus semelhantes, mas com as coisas. Segundo ele, “vivemos o tempo dos objetos (…) existimos segundo o seu ritmo e em conformidade com a sua sucessão permanente” (BAUDRLLARD, 1970, p.18). O computador, o MP3, o celular, o Ipod, a televisão, o eletrodoméstico só reforçam cada vez mais o individualismo e a solidão dos indivíduos. É a superioridade das coisas em detrimento dos homens. As relações humanas se reificaram, banindo as relações afetivas. Os objetos invadiram, conquistaram e colonizaram nossa vida espiritual.
Na sociedade do consumo o indivíduo é determinado por uma rotina ininterrupta. Os mesmos gestos, as mesmas atividades, as mesmas diversões. Acordar sempre no mesmo horário, pegar o mesmo ônibus, realizar as mesmas atividades no trabalho, ver os mesmos rostos, seguir para casa seguindo o mesmo trajeto. O tempo parece não existir.
Zigmunt Bauman no seu livro “Vida para o consumo” (consuming life) citou o termo cunhado por Stephen Bertman, “cultura agorista” ou “cultura apressada”, para denotar a maneira como vivemos na sociedade do consumo. Nesta sociedade o consumo é instantâneo e a remoção é também instantânea de seus objetos. Novos objetos e necessidades surgem a todo momento e são consumidos ininterruptamente.
Vive-se apenas para o trabalho e para o consumo. Esse vácuo interior, essa falta de sentido da vida tem uma consequência para a vida espiritual do indivíduo: a violência, as drogas, as compulsões e as doenças psíquicas. Não é à toa que nossa época é conhecida como a era dos antidepressivos. A onda de depressão e de ansiedade tornou-se um fato comum no mundo contemporâneo. Para a Organização Mundial da Saúde até 2020 a depressão se tornará a segunda principal doença em escala mundial, atrás apenas de doenças cardíacas. As empresas farmacêuticas chegam a gastar 25 bilhões de dólares com propagandas de antidepressivos.
As pessoas vivem vidas que não escolheram, se aferram a valores, crenças e modos de ser e pensar sem nunca refletirem sobre eles ou sobre suas escolhas. Os indivíduos não sabem o que querem e também não sabem o que sentem. Eles se comportam “de forma irrefletida”, apenas vivem para consumir, sem pensar no que consideram ser seu objetivo de vida. Eles ignoram o que realmente buscam o que são, o que desejam, o que é relevante ou irrelevante para suas vidas.
Em “Educação e Emancipação” o filósofo alemão Theodor Adorno argumentou que a sociedade burguesa está subordinada de um modo universal à lei da troca.
O que se evidencia hoje em nossa sociedade, é que os homens não se encontram mais rodeados por outros homens, mas por objetos. Baudrillard em seu livro “Sociedade do Consumo” mostrou-nos que o conjunto das relações sociais já não é tanto com seus semelhantes, mas com as coisas. Segundo ele, “vivemos o tempo dos objetos (…) existimos segundo o seu ritmo e em conformidade com a sua sucessão permanente” (BAUDRLLARD, 1970, p.18). O computador, o MP3, o celular, o Ipod, a televisão, o eletrodoméstico só reforçam cada vez mais o individualismo e a solidão dos indivíduos. É a superioridade das coisas em detrimento dos homens. As relações humanas se reificaram, banindo as relações afetivas. Os objetos invadiram, conquistaram e colonizaram nossa vida espiritual.
Na sociedade do consumo o indivíduo é determinado por uma rotina ininterrupta. Os mesmos gestos, as mesmas atividades, as mesmas diversões. Acordar sempre no mesmo horário, pegar o mesmo ônibus, realizar as mesmas atividades no trabalho, ver os mesmos rostos, seguir para casa seguindo o mesmo trajeto. O tempo parece não existir.
Zigmunt Bauman no seu livro “Vida para o consumo” (consuming life) citou o termo cunhado por Stephen Bertman, “cultura agorista” ou “cultura apressada”, para denotar a maneira como vivemos na sociedade do consumo. Nesta sociedade o consumo é instantâneo e a remoção é também instantânea de seus objetos. Novos objetos e necessidades surgem a todo momento e são consumidos ininterruptamente.
Vive-se apenas para o trabalho e para o consumo. Esse vácuo interior, essa falta de sentido da vida tem uma consequência para a vida espiritual do indivíduo: a violência, as drogas, as compulsões e as doenças psíquicas. Não é à toa que nossa época é conhecida como a era dos antidepressivos. A onda de depressão e de ansiedade tornou-se um fato comum no mundo contemporâneo. Para a Organização Mundial da Saúde até 2020 a depressão se tornará a segunda principal doença em escala mundial, atrás apenas de doenças cardíacas. As empresas farmacêuticas chegam a gastar 25 bilhões de dólares com propagandas de antidepressivos.
A sociedade burguesa tornou o consumo o fundamento compulsivo da civilização. Vivemos na era das compulsões: compulsão por comida, compulsão sexual, compulsão por drogas, compulsão por compras. Numa sociedade onde as relações humanas tornaram-se reificadas, onde a vida dos homens é sem sentido e fragmentada, o resultado são as compulsões. Toda tensão, conflito, frustração gera uma grande carga emocional, que geralmente é descarregada num comportamento compulsivo. Para os psicólogos e psicanalistas toda compulsão serve como uma forma de compensação de nossas frustrações e ansiedades. Nos entregamos ao excesso para compensar. Vivemos buscando prazeres contínuos e ininterruptos. Estamos sempre rodeados por infinitas possibilidades de satisfação, sempre a procura de novos prazeres e objetos que nos satisfaçam.
Comprar tornou-se uma necessidade orgânica. Fazer compras nos propicia um grande prazer e nos faz esquecer. O consumo é um momento de catarse. É a purificação da alma através da identificação com o objeto. É o momento supremo de descarga emocional. Quando consumimos nos sentimos aliviados de qualquer tensão emocional acumulada. Um dia estressante de trabalho, uma discussão com o chefe, o engarrafamento do trânsito, o mau humor do conjugue, desaparecem da consciência como num passe de mágica. Esquecemo-nos de nossos problemas, de nossas frustrações e do nosso cotidiano regular e monótono. O consumo é um momento lúdico e atemporal de grande descarga afetiva. O homem pode passar de um estado de tensão para um estado de prazer e alívio diante do objeto desejado.
Comprar tornou-se uma necessidade orgânica. Fazer compras nos propicia um grande prazer e nos faz esquecer. O consumo é um momento de catarse. É a purificação da alma através da identificação com o objeto. É o momento supremo de descarga emocional. Quando consumimos nos sentimos aliviados de qualquer tensão emocional acumulada. Um dia estressante de trabalho, uma discussão com o chefe, o engarrafamento do trânsito, o mau humor do conjugue, desaparecem da consciência como num passe de mágica. Esquecemo-nos de nossos problemas, de nossas frustrações e do nosso cotidiano regular e monótono. O consumo é um momento lúdico e atemporal de grande descarga afetiva. O homem pode passar de um estado de tensão para um estado de prazer e alívio diante do objeto desejado.
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