terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

O CONSUMO COMPULSIVO

O consumismo compulsivo é um transtorno psicológico muito comum que revela carências e dificuldade nos relacionamentos interpessoais. Pessoas que compram muitas coisas, que muitas vezes são desnecessárias, podem sofrer de problemas emocionais mais graves e devem procurar alguma forma de tratamento. Geralmente, estas pessoas saem para comprar coisas quando elas sentem-se sozinhas ou decepcionadas com algo. A satisfação boa de comprar algo novo logo desaparece e então é preciso comprar outra coisa, tornando um ciclo vicioso.
Algumas características são marcantes dos comportamentos compulsivos, entre elas, a repetição e automaticidade das ações. Ou seja, a compulsão é caracterizada por uma repetição excessiva de determinadas ações, realizada sem que haja reflexão a respeito. Outra característica importante tem relação com a questão da gratificação ou alívio da ansiedade. Os comportamentos compulsivos tendem a proporcionar alívio imediato e momentâneo da angústia. Essa gratificação, mesmo momentânea, consegue se sobrepor aos sentimentos negativos que a seguem, como a culpa em agir de tal forma ou a incapacidade de resistir ao impulso, por isso, o comportamento compulsivo se repete. No caso da compulsão pelo consumo, o alívio da ansiedade está relacionado à incorporação de determinado produto através da compra – “preciso ter”, “tenho que comprar” – são pensamentos recorrentes que visam desviar a atenção dos verdadeiros motivos causadores da ansiedade.
Em qualquer caso, é sempre indicado o acompanhamento psicoterapêutico, seja ele de qualquer abordagem. Todos os esforços devem estar voltados para os motivos reais da relação estabelecida entre compra e satisfação/fim da ansiedade. Em alguns casos, pode haver necessidade de acompanhamento médico e farmacológico. Mas, qualquer pessoa pode ficar atenta aos seus hábitos de consumo e perceber como e de que tipo é a interferência deles na vida cotidiana.
                Na verdade todos nós somos sugestionais, o que às vezes nos deixamos levar por consumos exagerados. O importante é sempre nos vigiarmos para que não deixemos o externo controlar nossos comportamentos, e sim para que nós mesmos conseguíssemos controlá-lo. Nós devemos controlar nossa mente e não nossa mente nos controlar.

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